domingo, 26 de outubro de 2008

DECLARE GUERRA POR ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!

Panelas vazias, Reitor. Tetos caindo. E nossas crianças não tem onde ficar.

Nos mobilizamos a cada ano pelo direito de permanecer na Universidade. As demandas são muitas, mas as soluções tem sido poucas. As bolsas de pesquisa são insuficientes, faltam livros nas bibliotecas e a cada ano estudantes são impedidos de estar na universidade por falta de vagas e condições de moradia nas residências.

E o RU? A Universidade não pode mais esperar pelo Restaurante Universitário. Temos fome e temos pressa.

O estudante que permanece, produz. A assistência estudantil é diretamente responsável pela produção e difusão do conhecimento, garantindo o pleno exercício da vida universitária. O fomento à produção na graduação, as condições de acesso à cultura, lazer e esporte e o incentivo à organização estudantil são elementos essenciais para uma política de assistência.

A UFBA não tem um Plano de Assistência Estudantil. Dessa forma, no último período o DCE retomou o diálogo com as representações estudantis de residentes e com suas entidades de base e lançou a Campanha Universitária pela Assistência Estudantil que deverá ser tomada por cada estudante dessa universidade como mais um instrumento de nossa intervenção na garantia do direito de permanecer.

As ações afirmativas serão elementos fundamentais para democratização desse direito. E nós defenderemos em cada front. No acesso à pesquisa, no fomento à produção e nas ações de extensão.

A universidade vive um momento de expansão de vagas. A assistência estudantil é estratégica para a permanência destes novos estudantes; e esta permanência é fundamental para democratização do ensino, pesquisa e extensão.

Estaremos mobilizadas, mobilizados. Prontos a bater as panelas vazias em defesa da nossa Universidade.

A Assistência Estudantil é uma pauta que sempre causou mobilizações intensas na UFBA. A necessidade de restaurante universitário, bolsas de pesquisa, transporte interno, exemplares nas bibliotecas, aumento de vagas e melhorias na creche, melhoria da estrutura das residências e construção de casas suficientes para suprir a demanda.

A UFBA em particular vive um momento especial desde 2005, quando foi implantado o sistema de cotas e mais recentemente com ampliação de vagas promovido pelo REUNI, aumentando ainda mais a demanda por assistência estudantil. De lá para cá o reitorado não apresentou nenhum projeto que fosse capaz de dar conta desta nova realidade, já que o projeto apresentado para a adesão ao REUNI não contém uma política de assistência que garanta as condições básicas de permanência e desenvolvimento necessárias à essa nova demanda, além de fazer a opção política de não dialogar com os setores que tentaram apresentar propostas para a solução desta situação.

Retomamos o diálogo com o movimento de residentes e lançamos a Campanha Universitária por Assistência Estudantil, que deve ser tomada pelos estudantes.
A nossa gestão contribuiu para o acumulo político e para o avanço das questões que envolvem esta temática nos espaços criados pelo Movimento Estudantil e nos conselhos institucionais como o Conselho Social de Vida Universitária (CSVU) e Conselho Universitário (Consuni), reabrindo o diálogo com o movimento de residentes e garantindo a defesa das pautas nas diversas mobilizações que marcaram o último período.

Porém ainda há muito o que fazer, o movimento estudantil vai enfrentar um grande desafio a partir do próximo ano, pois se as perspectivas de aumento da assistência estudantil proposta pela reitoria é defasada para o cenário atual, o que se configura para o ano que vem será desastroso, por isso o embate com a administração central da UFBA será intenso, sendo a autonomia do DCE frente á reitoria fundamental.
A nova direção do DCE terá a função de mobilizar os mais de 2000 estudantes que entrarão a mais na universidade no próximo ano para esse enfrentamento. Exigir a abertura imediata do restaurante universitário, e a ampliação nas vagas para residência, com garantia que essa nova demanda seja contemplada; são apenas algumas necessidades Por isso, nossa luta é por uma universidade que não proveja tão-somente o acesso, mas, sobretudo, condições de permanência em plenitude de oportunidades para os estudantes de origem popular. A nossa luta é a de todos e todas que acreditam que transformar a universidade significa lutar por uma Universidade Democrática e Popular como um dos passos prioritários na construção de um outro mundo possível.
DECLARE GUERRA POR ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!

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